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Blogue para aqueles que têm raízes nesta freguesia do concelho de Idanha-a-Nova e não tiram do pensamento a aldeia que os viu nascer. Pretende-se divulgar a história e cultura da Aldeia e dar a conhecer o que por aqui acontece!
A propósito da noticia da visita do Sr. Bispo à nossa Aldeia, veio-me à memoria na 1ª. visita do Bispo à nossa terra. (que eu me lembre).
Estávamos no ano de 1955 (se bem me lembro), e porque tinha sido doado por testamento do Dr. Domingos Megre, a "Casa Grande" à diocese de Portalegre e Castelo Branco. E, quando o Sr. Bispo veio tomar posse da herança, foi uma festa na Aldeia. Lembro-me duas horas antes, viemos todos para o RAMAL E PARA O ALTO DO CEMITÉRIO, esperando que sua EMINENCIA chegasse, e por vezes ( nestes casos há sempre atrasos), ouviam-se vozes: já vem nos ESCALOS, outra vez dizia-se, já vem em S. MIGUEL DE ACHA. Finalmente chegou, e o nosso pároco (que creio que era o PADRE PINHEIRO), deu-lhe as boas vindas, com foguetes e tudo, mais, o Sr. Bispo que era uma pessoa muito generosa, ofereceu uma roupa nova a um dos meninos de uma família pobre da nossa Aldeia.
Tudo isto são memórias da nossa Aldeia.
Um abraço do António Camejo
Recordações de viagem
Na Igreja revi a pia batismal onde fui batizado, e construída pelo meu avô Manuel Dias Peixoto ou "Manuel Pedreiro".
Na antiga escola onde aconteceu o caso do piso que levantou e hoje é casa do concelho, tem esculpida uma estrela de 5 pontas, encimando o portal feita pelo meu pai Francisco António Dias ou "Chico Pedreiro". Era intenção dele também esculpir a foice e o martelo, símbolo comunista. Foi preso antes, só pela estrela. Até hoje algumas pessoas me disseram que tinham medo de falar com ele para não se comprometerem. Afinal isso tudo se passou durante a ditadura, e ele era chamado de Comunista. Com outras relembrei as sovas que tomávamos da Professora Isabel.
Ao conterrâneo António Camejo quero dizer que também estudei com a professora Gabriela. Em uma sala só para a 1ª e 3ª classe. Ela dava uma cópia para 1ª e ditado para a 3ª. Eu fazia a cópia rápido e começava a fazer o ditado. Pronto. Ela já me punha de castigo. Após a aula, todos iam embora e eu fica preso até mais tarde. Como não chegava em casa vinha a minha mãe (Maria Curto) no meu encalço. Levava também uns safanões porque era desobediente. Vai entender esta vida.
Abraços e saudações a todos
Luís Curto Dias, São Paulo, 25 Dez 2008