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Blogue para aqueles que têm raízes nesta freguesia do concelho de Idanha-a-Nova e não tiram do pensamento a aldeia que os viu nascer. Pretende-se divulgar a história e cultura da Aldeia e dar a conhecer o que por aqui acontece!
30 de Janeiro - Dia de Santa Martinha, V. e S. Félix IV, P.
Lua cheia às 06h18 a 8 graus em Leão. Bom tempo. Procede-se à limpeza e adubação dos pomares. Adubam-se, podam-se e limpam-se as árvores, devendo tratar-se as fruteiras de modo a dispensar-lhes os precisos cuidados preventivos contra as doenças e parasitas animais.
Procede-se à trasfega do vinho, ou seja, à passagem do vinho novo de uma vasilha para outra com o fim de o separar do seu depósito (borras) localizado no fundo da vasilha.
Fonte: O Seringador
Ao luar de Janeiro se conta o dinheiro.
De acordo com o Borda D'Água, no mês de Janeiro deve-se proceder à "lavoura das terras e preparação das culturas de Inverno, como a da batata, iniciando-se, onde for possível, a plantação precoce. A poda na Lua Minguante é recomendável, mas nas figueiras, laranjeiras e macieiras os grandes cortes são prejudiciais. Enxertos no Crescente. Semear a fava, ervilha, alface e rabanete. No Norte e no Centro semear centeio, couve galega, nabo, nabiça, rabanete, salsa e tomate. No Sul cenoura, couves, ervilha, feijão, nabiça e tomate. Em estufa ou cama quente plantar pepino, meloa, pimento. Semear canteiros de cenoura curta, alho, cebola, alface, ervilha, alho-porro e salsa. Na Horta semear (em canteiros ou em alfobres bem abrigados e defendidos das geadas) alface romana, couve repolho e sabóia, rabanete. Colher couves, espinafres, etc. Mergulhar vide, podar e meter bacelo. Em tempo calmo, frio, seco e sem nuvens deve-se fazer a trasfega do vinho. No Jardim semear begónias, ervilhas-de-cheiro, gipsófilas, girassóis, lírios, paciências, flor-de-lis, sécias, zínias, goivos, miosótis, etc. Colher violetas, amores-perfeitos, camélias, jacintos, tulipas, etc. Animais: vacinar o bovino, cavalar, ovino, caprino e os porcos contra as doenças rubras".
Por sugestão da Soly iremos iniciar, muito em breve, um novo espaço no blogue de Aldeia de Santa Margarida.
Trata-se do espaço dedicado a adágios e dizeres tradicionais. Não só da região de Idanha-a-Nova, como de todo o país. Até porque, como dizia a Soly, há provérbios e dizeres que "que continuam actuais e que podem ser aplicados em diversas situações do nosso dia a dia".
Esta nova rubrica, que, como todas as outras, conta com a colaboração de todos, irá estar disponível na tag "Adágios e dizeres", na coluna do lado esquerdo.
Esperamos pelos vossos contributos.
A utilização de água pelos agricultores deve estar regularizada pelos proprietários das captações até 31 de Maio, ficando sujeitos a multas os que o não fizerem, podendo ainda ser penalizados nas ajudas no âmbito da Política Agrícola Comum.
O aviso foi deixado em Castelo Branco por técnicas da Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARH Tejo) durante um encontro com cerca de 70 agricultores, proprietários e dirigentes associativos promovido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
Na ocasião, os agricultores viram explicada a legislação que estabelece a atribuição de concessões, licenças ou autorizações de utilização das captações de água. Isentas da obtenção de títulos estão as utilizações de água para fins agrícolas em terrenos privados que não impliquem a utilização de meios de extracção com capacidade superior a cinco cavalos de potência e que já existiam a de 31 de Maio de 2007.
Fátima Alves, técnica da ARH Tejo, esclareceu que "o utilizador só pagará o que consumir e apenas a partir de determinado volume".
Apenas serão cobradas taxas aos utilizadores que consumam mais de 16 600 metros cúbicos por ano.
O encontro onde foi discutida a questão da utilização da água pelos agricultores antecedeu a reunião do Conselho Consultivo do Centro da CAP, no qual o presidente da Confederação, João Machado, fará o balanço da Política Agrícola Portuguesa nos últimos quatro anos e perspectivará o futuro próximo do sector.
Afinal ainda faltavam mais dois vídeos. Os restantes, recordo, estão disponíveis no canal de Aldeia de Santa Margarida no YouTube.
Descobri agora que ainda me faltava publicar um vídeo da noite de Natal, cedido pelo Rui Reis. Aqui fica, com um bem haja e um pedido de desculpas, a todos, pelo atraso.
Recordo ainda que estão disponíveis mais vídeos, do Natal e não só, no canal de Aldeia de Santa Margarida no YouTube.
O nosso amigo Paulo Marques entrou em contacto connosco, por e-mail, dando conta de algumas palavras que eram (ainda são) utilizadas na nossa Aldeia.
Começa desde logo pelo baraço, que, para quem não sabe, é um pedação de corda delgada, uma guita ou cordel. Muito útil quando precisamos de atar alguma coisa.
Depois, e este é um termo muito utilizado nesta altura do ano, afinal de contas é mais do que usual andarmos constantemente arreganhados. Afinal de contas, com as baixas temperaturas, mesmo muito agasalhados, andamos sempre cheios de frio. Sobretudo se estivermos na nossa aldeia.
Outro termo que o Paulo nos recorda é algo bem útil. Trata-se do ferrolho, essa tranca corrediça para fechar portas ou janelas, muito prática para trancar, por exemplo, o cancelão, uma porta grande de ferro.
Nos exemplos que nos mandou, o Paulo Marques lembrou-nos ainda que as habitações, antigamente, eram construídas quase sempre sem esquecer duas importantes divisões: o forro e a loja. O forro porque é um espaço entre o telhado e tecto da casa onde se guardavam as batatas e alguns frutos. Já a loja era um pavimento térreo da casa onde, normalmente, ficavam os animais e os utensílios agrícolas.
E por falar em animais, quem não se lembra das pitas, tão úteis para nos proporcionarem ovos ou até contribuírem para fazer uma deliciosa canja quando estamos doentes.
E pronto, resta-nos agradecer ao Paulo Marques o excelente contributo e desafiar os nossos visitantes a enviarem-nos outras palavras que se recordam de serem usadas antigamente em Aldeia de Santa Margarida ou no concelho de Idanha-a-Nova.
Ah, e antes de terminar este texto, despeço-me com uma expressão que a Soly nos recordou há dias numa caixa de comentários mais abaixo: "Nosso Senhor nos guarde".
23 de Janeiro - Dia de Santo Ildefonso e Santa Emerenciana, M.
Quarto crescente às 10h53 a 2 graus em Touro. Trovões ou vento. Cavam-se os pomares de modo a não ofender as raízes. Plantam-se fruteiras e devem enxertar-se as árvores que dão flor temporã, como são as amendoeiras, pessegueiros, ameixieiras e outras semelhantes.
Semear em terras quentes as pevides azedas de laranjas, limões, limas e cidreiras.
"Janeiro frio ou temperado, passa-o enroupado".
Fonte: O Seringador
A partir de hoje vamos inaugurar mais um espaço no blogue de Aldeia de Santa Margarida. Trata-se de um espaço reservado à agricultura, jardinagem e afins.
Ora, não sendo nós experts (ou espertos, como alguns dizem) nesta temática, naturalmente que teremos de recorrer a alguma bibliografia. Assim, e para além dos conselhos que nos podem chegar através das caixas de comentários ou do e-mail (aldeiadesantamargarida@gmail.com), iremos publicar inúmeros conselhos, consoante a época do ano, com base em dois grandes mestres nesta área: o Borda D'Água e o Seringador. Duas publicações - uma de Lisboa e a outra do Porto - que há dezenas de anos têm ajudado os nossos agricultores. Qualquer que seja o seu nível de experiência.
Assim, pontualmente, iremos publicar um "conselho agrícola" referente à época do ano ou do mês em que é publicado. Para quem quiser as anteriores basta ir à coluna do lado esquerdo e, na área das Tags, procurar a etiqueta "Conselhos Agrícolas".
O primeiro vem já a seguir.